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Já que mencionamos Sebastião Salgado, devemos começar com ‘O Sal da Terra’. Este documentário, co-dirigido por seu filho Juliano Ribeiro Salgado e por Wim Wenders ('Paris, Texas'), acompanha a trajetória do renomado fotojornalista social brasileiro, com sua obra retratando a humanidade ao longo das décadas, na presença dos mais esperançoso e dos mais desesperados. Este é sem dúvida um dos filmes fotográficos mais poderosos já feitos.
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Poucos podem falar do poder da fotografia como um documento melhor do que o catalão exilado após a Guerra Civil Espanhola, Francisco Boix. ‘O Fotógrafo de Mauthausen’ conta como ele esteve no campo de concentração homônimo durante a Segunda Guerra Mundial, onde conseguiu capturar imagens que acabariam se revelando cruciais durante os Julgamentos de Nuremberg, quando nazistas foram condenados pelos crimes cometidos.
Se a imagem fotográfica consegue captar um momento em qualquer segundo e lugar para ser visto pelo resto do mundo, é porque alguém estava lá para capturá-lo em nome do combate à opressão, independentemente do perigo. Foi o caso da fotojornalista Marie Colvin, interpretada por Rosamund Pike no filme biográfico ‘Uma Guerra Pessoal, que sacrificou tudo para informar o resto do mundo sobre a crise humanitária da guerra na Síria.
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O maior voyeur de todos, Alfred Hitchcock, tem uma das narrativas visuais mais emblemáticas em ‘Janela Indiscreta’. Embora não seja em si um filme sobre fotografia, tem como protagonista um fotógrafo deficiente em seu apartamento, com uma história contada sob seu ponto de vista. A fotografia e o olhar, sujeitos às interpretações da subjetividade, são centrais na criação do suspense, e talvez mais protagonistas do que seus personagens.
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Do italiano Michelangelo Antonioni ('A Aventura'), ‘Blow-Up: Depois Daquele Beijo’ deve ser um dos filmes mais provocativos sobre fotografia. Se fotógrafos como Salgado e Capa acreditavam na capacidade da fotografia em gerar empatia e consciência, Antonioni parecia pensar o contrário: a câmera é uma intermediária entre a humanidade e a realidade, que seleciona elementos desta e dessensibiliza a primeiro. Talvez, como seu protagonista, você tenha que ampliar a fotografia ao máximo e olhar para detalhes esquecidos.
