Do mesmo diretor de 'Paranóia', 'Trancada' é um thriller psicológico bem construído que vai se tornando mais desesperador a cada cena. A ainda pouco conhecida, mas talentosa, Rainey Qualley estrela como uma mãe que tenta reconstruir a vida após o abuso de drogas e precisa lidar com um ex-companheiro abusivo que a tranca na despensa enquanto seus filhos estão fora. Vincent Gallo rouba a cena como um terrível pedófilo que aterroriza a família por algumas horas.
Filme que chegou de surpresa aos cinemas, dando continuidade ao controverso ‘Cloverfield: Monstro’, de 2008. No entanto, o produtor J.J. Abrams é inteligente ao não fazer uma sequência direta dos fatos. Aqui, em ‘Rua Cloverfield, 10’, ele abre a gama de possibilidades da franquia e mostra uma outra realidade. No caso, a de uma mulher (Mary Elizabeth Winstead) que acorda no bunker de um homem (John Goodman, impecável) e precisa acreditar que o mundo lá fora está perto do fim. O clima claustrofóbico da trama, misturada com a direção paranoica de Dan Trachtenberg, elevam a produção para um outro nível, misturando a ficção científica de ‘Cloverfield: Monstro’ com um thriller bem executado. Difícil não se envolver com os personagens e com a situação, bem pensada desde o início e que coloca uma dúvida na cabeça do espectador: será que o que estou assistindo é real? É paranoia? Qual o limite da verdade?
Oliver Stone soube retratar parte dos grandes heróis do atentado de 11 de setembro de 2001. ‘As Torres Gêmeas’ conta a história de sobrevivência e operação de salvamento de dois homens, John McLoughlin (Nicolas Cage) e Will Jimeno (Michael Peña), que estavam presos nos destroços do World Trade Center após socorrerem as vítimas. Este é um filme bem executado, com excelentes atuações, direção e edição. Sem artifícios políticos, a narrativa foca nos heróis da vida real, família e poder da amizade, Apesar disso, claro que todo o horror do atentado está presente, mas de uma forma mais sucinta.
Atuação incrível dos protagonistas Brie Larson e Jacob Tremblay, que formam a dupla de protagonistas de uma história de amor, companheirismo e proximidade. Um filme que consegue juntar tensão e medo com amor materno para criar uma história edificante sobre uma mãe (Larson) que precisa criar seu filho (Tremblay) em um cativeiro. Detalhe: este último nunca viu a luz do sol, nem a vida lá fora. Com uma direção afiada de Lenny Abrahamson (‘Frank’), ‘O Quarto de Jack’ acerta em cheio ao transitar entre estilos de filmagem e emoções, fazendo com que o espectador acompanhe a modulação de humores. Ainda que a segunda metade do filme seja consideravelmente inferior ao que é visto na primeira porção da história, há muito espaço aqui para emoção. Vale o mergulho na trama.