Linda fotografia, ótimas atuações. Porém, o que fisga mesmo em 'Cinco Graças' é a história: a condenação da sexualização por parte da sociedade, mas de uma forma que consegue ficar longe tanto da tragédia quanto do otimismo exagerado - tudo por meio de cinco carismáticas personagens. Indo das preocupações pessoais às da sociedade, o longa justifica os 24 prêmios internacionais que recebeu – incluindo o Caméra d'Or de Cannes, além da indicação ao Oscar de Filme em Língua Estrangeira no ano de 2016. A direção é de Deniz Gamze Ergüven.
Uma juíza decide ajudar um jovem delinquente a voltar ao convívio social. Para conseguir reintegrá-lo a sociedade o encaminha a um centro de recuperação juvenil, mas enfrenta toda a rebeldia do rapaz. O filme, dirigido por Emmanuelle Bercot, é tocante, retratando uma história que acontece centenas, milhares de vezes todos os dias. Rod Paradot é elétrico em cena, vivendo um jovem que é uma verdadeira explosão de sentimentos e desejos.
Louise faz parte de uma grande família burguesa italiana que vive um período de transformações: enquanto seu irmão está doente e os conflitos com a mãe aumentam, eles são forçados a vender o castelo na Itália. O filme é semi-autobiográfico, escrito a partir de fatos reais vividos pela própria diretora Valeria Bruni Tedeschi. Por um lado, isso traz algo vivo para esta história, por outro traz um apego exagerado aos personagens. Ainda assim, a obra tem o seu charme, misturando a comédia com a melancolia.
Gelsomina vive com os pais e as três irmãs em uma zona rural da Itália, onde produzem e vendem mel. Sob uma rigorosa criação, as quatro meninas ajudam nas tarefas diárias, sem tempo para se divertirem e com pouca perspectiva de futuro. Este é um filme sobre a família, abordando uma miríade de sentimentos e situações enquanto seus integrantes tentam manter um estilo de vida tradicional. Tudo com uma visão poética da diretora Alice Rohrwacher.