Não poderíamos começar por uma produção diferente do que ‘O Terminal’, um dos filmes mais icônicos e saborosos da dupla Tom Hanks e Steven Spielberg (que anteriormente trabalharam em ‘O Resgate do Soldado Ryan’). Aqui, a viagem envolvendo o ator é um pouco mais complicada. Afinal, o filme conta a história inacreditável de um homem que chega de viagem nos Estados Unidos, vindo de um pequeno país do leste europeu. No entanto, durante a viagem, o tal país entrou em colapso e teve seu governo dissolvido. A partir disso, o longa-metragem se debruça sobre a situação desse homem sem nacionalidade que não pode entrar nos EUA, nem voltar para sua terra. Misturando cenas emocionantes com algumas até mesmo bem-humoradas, o filme disserta sobre origens, raízes e, principalmente, identidade desse homem que fica preso sem rumo no aeroporto.
Depois de um homem preso num aeroporto, que tal um homem preso em uma ilha? É isso que acontece com Hanks em ‘Náufrago’. Aqui, o espectador é convidado a mergulhar na história de um homem que sofre um acidente de avião e acaba preso, sozinho, em uma ilha deserta. Como companhia, apenas uma bola de vôlei com um rosto, apelidada carinhosamente de Wilson. A partir daí, o astro Tom Hanks se sobressai na tela como esse homem desesperado, desgarrado de seu cotidiano, precisando aprender noções básicas de sobrevivência enquanto nutre a experiência de ser resgatado nesta ilha no meio do Pacífico. Cheio de grandes momentos, ‘Náufrago’ é um drama potente, inesquecível e que vai mexer com as suas emoções -- mesmo se o envolvido for a bola de vôlei Wilson, símbolo do filme.
Agora, indo de vez para os céus, ‘Sully’ mostra que ninguém está seguro com Hanks em um avião. Dirigido por Clint Eastwood (de ‘Gran Torino’, ‘Menina de Ouro’) e protagonizado por Tom Hanks (‘O Resgate do Soldado Ryan’), o longa-metragem conta a história do Capitão Sully, um piloto que precisa “se virar nos 30” quando seu avião dá um problema já perto de Nova York. A partir daí, ele decide pousar no Rio Hudson. Ele entra para a história, mas ao mesmo tempo também entra nos anais jurídicos, quando forças judiciais dos Estados Unidos querem -- e precisam -- encontrar um culpado para o quase desastre. Nem que seja o próprio Sully. Curto e direto ao ponto, o filme surpreende pelo impacto da trama e a força de alguns momentos, que seguem um caminho mais realista e interessante do que ‘O Voo’, por exemplo. Méritos de Eastwood e Hanks, que sabem deixar o filme com pé no chão.
Tom Hanks também tem problemas no mar. Em ‘Capitão Phillips’, ele interpreta um capitão de navio que se cai nas mãos de piratas da Somália. Baseado em fatos reais, que aconteceram em 2009, o filme pode não ser exatamente um retrato fiel aos acontecimentos, mas, como obra cinematográfica, consegue construir um ambiente de tensão e suspense que prende o espectador. O diretor Paul Greengrass coloca a sua marca registrada, com cenas de ação rápidas e impactante. Mas o mérito mesmo está na escalação de não-atores nos papéis dos piratas da Somália. A atuação deles é um dos pontos altos da obra.
Em ‘Relatos do Mundo’ o diretor Paul Greengrass repete a parceria com o protagonista Tom Hanks - e, mais uma vez, embarcam em uma jornada cheia de perigos e complicações. Na história, que se passa na segunda metade do século XIX, Hanks é um ex-oficial confederado que viaja por um Texas ainda machucado pela Guerra Civil dos EUA. no caminho, encontra uma jovem de origem alemã criada por indígenas (Helena Zengel, de ‘Transtorno Explosivo’, que surpreende com uma atuação de ponta com apenas 12 anos) e precisa devolver a jovem para o que restou de sua família. Entre tiros, perseguições e o ambiente hostil texano, os dois passam por uma viagem nada fácil.