Hunter from Elsewhere: A Journey with Helen Britton

Uma exploração poética de um universo excitantemente desconhecido e altamente inspirador. Enquanto acompanhamos a artista australiana ao redor do mundo, a incrível atenção de Helen Britton ao material e aos detalhes nos ensina que quanto mais olhamos para as coisas, mais elas têm a nos contar. Um pássaro azul brilhante em um matagal espinhoso de prata escura, gotas de pedra caindo de uma nuvem de metal, um trem fantasma carregado com tesouros misteriosos; as peças da artista australiana Helen Britton parecem emergir de alguma Wunderkammer esquecida. E ainda assim, sua arte é moderna, joalheria vanguardista, esculturas e desenhos, admirados e colecionados ao redor do mundo. O filme a acompanha vagando pelo interior da Alemanha, em busca de oficinas abandonadas, artesãos esquecidos e processos de fabricação que desaparecem com o tempo. Visitando os locais de indústria pesada de sua infância na Austrália, em Newcastle NSW, esculpidores de pedra em Idar-Oberstein e sopradores de vidro na Turíngia, chegamos ao seu estúdio em Munique, onde a artista amalgama suas capturas, memórias e materiais preciosos em esculturas em miniatura atemporais. Mais do que um simples retrato, o filme é uma abordagem poética e ensaística de um gênero criativo raramente documentado e uma narração subjetiva de um relacionamento entre a protagonista, sua obra e o cineasta. Filmado ao longo de quatro anos, é uma reflexão sobre arte, memórias e narrativa, com entrevistas perspicazes com amigos e colegas da artista. A trilha sonora inclui peças eletrônicas indie de bandas cult alemãs como The Notwist, Driftmachine, Radio Citizen, Sasebo e Mount Hush. Citação do Filme: "Enquanto os componentes em si têm a forma do mais barato presente, o sentimento que eles pretendem transmitir alcança o abismo mais profundo" - Helen Britton Nota do Diretor: Conheci Helen Britton há cerca de vinte anos, na Academia de Belas Artes de Munique, onde ela era uma estudante convidada na classe de ourivesaria de Otto Künzli. Eu estava sentado no júri da competição "Filme e Joia". Exibimos um filme, e os alunos tinham 48 horas para interpretá-lo como joia. Lembro-me claramente do objeto de Helen: ela havia serrado um broche oco do cabo de uma escova de dentes "traduzindo a essência da história de amor do filme. O fragmento colorido movendo-se para frente e para trás dentro do cabo me causou uma sensação de dor. Pensei: como pode um objeto simples evocar tais sentimentos? Agora fiz um filme invertendo essa experiência" do objeto para a imagem em movimento. Ao longo dos anos, acompanhei o desenvolvimento de Helen em Munique, o centro mundial da joalheria contemporânea vanguardista. Em meus encontros com muitos outros artistas joalheiros, refleti sobre o que torna a joia tão existencial - além de seu valor material. O que imbuí um anel de significado? O que confere significado à corrente do avô ou aos brincos da mãe de alguém? O que motiva colecionadores de joias internacionais em sua busca ao redor do mundo? A joia ganha vida apenas quando é usada "quando se torna um talismã, uma mensageira de outro mundo. Joias falam uma linguagem universal" em cada cultura, em cada família, para cada ser humano. Envolve rituais, o corpo, o espaço. A joalheria "desenvolveu-se paralelamente às línguas faladas", fala de amor, respeito, e, acima de tudo: comunicação.