From a Strange Land

Uma jovem família acaba de se mudar para sua nova casa. Com tudo ainda em caixas, eles passam a manhã de forma tranquila: brincando e rindo juntos. Usando apenas uma caixa vazia na cabeça, o pai Jonas persegue seu filho Otto, de 3 anos, que está nu, pela sala, para diversão da mãe Marie, também nua, no sofá. Algumas portas adiante, a vizinha Margaret está se preparando para receber os novos moradores da rua com um bolo feito em casa. Conforme o jogo ao lado se intensifica, assistimos Margaret seguir até a casa deles para bater à porta da frente. Quando ninguém atende, Margaret entra audaciosamente pelo jardim dos fundos e entra na casa. Uma cena de puro bacanal se desenrola diante dela. O tempo para. Ambas as partes se encaram como animais em um zoológico. Então Marie dá um passo hesitante à frente para sinalizar um olá. Margaret responde, mas de repente todos ficam dolorosamente cientes da situação. Com um movimento desajeitado, Margaret sai da cozinha da mesma forma que entrou. Deixamos ambas as partes digerindo o que acabou de acontecer. Como todos chegaram até aqui? Onde estava a linha? E quem a ultrapassou? Como eles possivelmente encontrarão um terreno comum depois do que aconteceu? 'From A Strange Land' levanta a oportuna questão de como podemos nos fazer entender em momentos de verdadeira tensão. Somos capazes de reconstruir pontes quando uma linha foi irrevogavelmente cruzada? Quão tolerantes somos realmente? Este curta busca levantar esses pontos de forma não confrontacional e levar a audiência junto nessa experiência.