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Crítica de 'Twisters': com "s", porque agora são mais, entendeu?
Há elementos notáveis no roteiro e no elenco de 'Twisters', mas é apenas mais um exemplo da falência criativa de Hollywood
Lalo Ortega | 10/07/2024 às 18:34 - Atualizado em: 10/07/2024 às 18:34
Fica evidente quando Hollywood chegou ao fundo do poço criativo ao tentar criar franquias de seus sucessos de bilheteria mais superficiais sob a desculpa do espetáculo. Será que Twister foi realmente um grande filme? Não importa: quebrou recordes de bilheteria com seus efeitos especiais. E assim como Top Gun: Maverick fez há alguns anos, Twisters chega aos cinemas neste 11 de julho.
A comparação é pertinente por vários motivos, começando pelo envolvimento criativo de Joseph Kosinski: o diretor de Maverick, também responsável por outras continuações como TRON: O Legado, forneceu a história para Twisters (embora a direção tenha ficado nas mãos de Lee Isaac Chung, de Minari).
Além disso, os comentários iniciais sobre esta sequência – tanto online quanto ouvidos por quem escreve ao sair da sessão de imprensa – a colocam nos mesmos termos do sucesso de bilheteria de Tom Cruise: um “bom blockbuster” (seja lá o que isso signifique) carregado de imagens espetaculares que “melhoram” o visto em seus respectivos predecessores.
Ignorado fica o fato de que Twister e Twisters são basicamente o mesmo filme, com o tratamento típico dos grandes estúdios de Hollywood para sequências: devem ser maiores, mais espetaculares. O “s” do plural é apenas o presságio do absurdo que o fenômeno natural do título atinge durante o clímax.
Twisters: voltas e mais voltas
Desta vez, no entanto, não temos Helen Hunt caçando tempestades, mas poderia muito bem ser o mesmo personagem. Agora seguimos Kate Cooper (Daisy Edgar-Jones, de Fresh), que carrega tanto uma prodigiosa intuição climatológica quanto uma enorme culpa: quando jovem, durante a realização de um experimento universitário em Oklahoma para conseguir uma bolsa, um tornado tirou a vida de quase todos os seus amigos.
Anos mais tarde, seu amigo Javi (Anthony Ramos, Transformers: O Despertar das Feras) a tira de seu trabalho de escritório em um centro meteorológico em Nova York para pedir sua ajuda em testar uma nova tecnologia para prever a formação de tempestades. De volta a Oklahoma, a equipe de cientistas de Kate e Javi deve competir com o carismático youtuber Tyler Owens (Glen Powell, Todos Menos Você), dedicado a filmar vídeos arriscados nos tornados.

Pode-se intuir o que virá a seguir: cenas dos personagens ao volante perseguindo as tempestades, gritando emocionados, despejando diálogos expositivos para explicar o que acontecerá durante o verdadeiro espetáculo: as imagens das rajadas devastadoras. Isso, é preciso dizer, é cativante e emocionante.
E como em todos os filmes de desastres naturais, a inevitável destruição também é espetacular, anônima, quase pornográfica. Alguns personagens se detêm para questionar o que estão fazendo com seu trabalho, mas o roteiro de Mark L. Smith (A Filha do Pântano) só dá algum tempo para que os personagens de Edgar-Jones e Powell encontrem algum terreno comum nos clichês antes de invocar a próxima sequência de corrida e tornado.
Um pouco de calma na tempestade
Twisters é, como mencionado, praticamente o mesmo filme que Twister. Se você viu o de 1996, o de 2024 oferece o mesmo tipo de espetáculo, talvez com efeitos especiais digitais muito superiores.
No entanto, devo admitir que sim, me emocionou, e isso se deve em grande parte ao elenco. A capacidade interpretativa de Daisy Edgar-Jones já foi mais que comprovada em outras produções infinitamente superiores, mas aqui, ela contribui com o coração do filme. Seu rosto brilha com a alegria de uma jovem esperançosa e a tristeza de uma mulher desiludida e destruída pela culpa, com tudo o que cabe entre esses extremos. Ao longo de todo o filme, ela transmite todas essas emoções de forma crível, e é sempre fácil se conectar com ela.

Seu contraponto, previsivelmente, não é Ramos, mas sim Powell, que em 2024 se consagrou como o maior cínico encantador pós-Robert Downey Jr. (embora este não seja seu melhor filme do ano).
No entanto, são os personagens de Ramos e Powell juntos que trazem um interessante matiz à trama de Twisters. Javi, como cientista a serviço de uma grande corporação; e Tyler, como meteorologista que virou youtuber, encarnam uma tensão relevante da ciência contemporânea: seu progresso é monopolizado pela ganância corporativa, e sua divulgação tende a se tornar um espetáculo trivial (se é que é divulgação, para começo de conversa).
Twisters poderia oferecer um comentário interessante a respeito se, precisamente, não estivesse tão preocupada com seu próprio espetáculo, que sim, emociona, mas não propõe nada remotamente original. Só encontra sua humanidade no trabalho de seu elenco, o resto é pura ganância cinematográfica.
Twisters chega aos cinemas em 11 de julho. Compre seus ingressos para assistir.

Lalo Ortega é um crítico mexicano de cinema. Já escreveu para publicações como EMPIRE em español, Cine PREMIERE, La Estatuilla e mais. Hoje, é editor-chefe do Filmelier.

Lalo Ortega é um crítico mexicano de cinema. Já escreveu para publicações como EMPIRE em español, Cine PREMIERE, La Estatuilla e mais. Hoje, é editor-chefe do Filmelier.
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