'The Last of Us': 9 diferenças e 3 semelhanças da série para o jogo
Origem da infecção, novos personagens, e até mortes diferentes: confira as principais semelhanças e diferenças entre o jogo e a série da HBO de ‘The Last of Us’
‘The Last of Us’, série da HBO inspirada no aclamado videogame da Naughty Dog, foi finalmente adaptada para as telinhas. Estrelada por Pedro Pascal e a Bella Ramsay, a produção é bastante fiel à obra original, inclusive com uma cinematografia semelhante ao game. Mas, assim como qualquer adaptação, existem diversas mudanças em relação ao jogo – como, por exemplo, a história de Bill (Nick Offerman) e Frank (Murray Bartlett), retratada no excelente episódio 3.
- Leia mais: ‘The Last of Us’ vai ganhar 2ª temporada?
O Filmelier separou as semelhanças e diferenças entre o jogo e a série de ‘The Last of Us’. Confira abaixo, e veja também onde assistir à série online e de graça.
Quais as semelhanças entre jogo e série 'The Last of Us'?
Cenários dos primeiros episódios são iguais aos do jogo
As cenas do Texas:
Começando com a semelhança mais óbvia – tanto o jogo quanto a série de televisão estão ambientados na mesma América devastada pelos fungos. A série começará de forma quase idêntica ao jogo, com Joel (Pedro Pascal) e sua filha Sarah (Nico Parker) vivendo no Texas quando o surto começa. Tanto que a ambientação do primeiro episódio é praticamente idêntica ao jogo.
A Zona de Quarentena de Boston:
O jogo então pula 20 anos para encontrar Joel trabalhando como contrabandista em Boston. A Zona de Quarentena de Boston parece quase idêntica na série e no jogo, até mesmo com os cartazes e grafites dos Vagalumes nas paredes. Na verdade, tudo em Boston (mesmo as áreas longe da Zona de Quarentena) parece ter sido retirado diretamente do jogo. Até mesmo as icônicas torres de escritórios bombardeadas pelo fogo, se apoiando uma na outra.
A fuga de Joel, Ellie e Tess pelos canos e ruas quebradas também são surpreendentemente semelhantes ao material de origem. A versão do jogo do Edifício Estadual de Boston, onde Joel e Ellie fogem com Tess, foi modelada tal como o prédio real. E agora a série de ‘The Last of Us’ da HBO filmou as mesmas cenas lá de verdade.
Videogame e série da HBO tiveram a mesma equipe
A série da HBO não foi a primeira tentativa de transformar ‘The Last of Us’ em uma produção cinematográfica ou televisiva. Hollywood tentou adaptar o famoso videogame em um filme desde o lançamento do jogo em 2013. No entanto, as versões cinematográficas nunca se materializaram, com o criador da franquia, Neil Druckmann criticando como os executivos da indústria queriam tornar a produção "mais sexy" e mais parecida com o filme ‘Guerra Mundial Z’, de Brad Pitt.
No entanto, a adaptação da HBO é muito mais fiel ao material de origem – especialmente por trazer Neil Druckmann, o criador do jogo, como co-showrunner. Além dele, alguns atores de voz do jogo ‘The Last of Us’ integram o elenco, e o compositor do videogame foi trazido para trabalhar na trilha sonora da série – você reparou que a música de abertura é a mesma do jogo?
Atriz de Marlene reprisou seu papel do videogame na série
Merle Dandridge é a única atriz que reprisa o papel que teve no jogo na série de TV. Ela interpreta Marlene, a chefe dos Vagalumes, tanto no videogame quanto na produção da HBO. Dandridge também conhecida por seus papéis em musicais da Broadway e em séries como 'Greenleaf' e 'Flight Attendant'.
Quais são as diferenças entre 'The Last of Us' da HBO e jogo do PlayStation?
Origem da pandemia do fungo Cordyceps
A origem da infecção por fungos Cordyceps é envolta em mistério no videogame. Embora alguns detalhes possam ser encontrados através de colecionáveis e outros elementos interativos nos muitos ambientes do jogo, o tema não é o verdadeiro foco da história.
Na série de TV ‘The Last of Us’, no entanto, a origem da infecção é abordada com muito mais profundidade em alguns episódios. Por exemplo, na abertura do episódio 2. A cena centra-se na Professora Ratna, uma especialista em Micologia da Universidade da Indonésia, que descobre que o epicentro principal da infecção por Cordyceps veio de uma fábrica de grãos em Jacarta, que atuou como substrato para os fungos infectarem os seres humanos. Embora a ideia de a infecção se espalhar mundialmente através de produtos à base de trigo possa ser descoberta no jogo, diz-se que origina-se na América do Sul.
Ao mudar isso para Jacarta, na Indonésia, a série da HBO se conecta mais aos fungos Cordyceps reais. Afinal, a Cordyceps pode ser encontrada na Ásia, o que explica por que o episódio 2 de ‘The Last of Us’ apresenta a Indonésia como o local principal do surto da infecção.
Transmissão não é por esporos na série
Na franquia de videogames, a infecção fúngica que causa a pandemia pode ser transmitida através de esporos. Eles são encontradas em várias partes escuras, muitas vezes subterrâneas do jogo, que podem transmitir a infecção de Cordyceps de forma aérea e exigem que os personagens usem máscaras de gás para evitar esse resultado.
Mas, para a série de TV, esse elemento foi substituído por tentáculos que agem como uma mente coletiva para os infectados. Os tentáculos emulam os habitats fúngicos reais, que podem estar conectados em grandes espaços. Por isso, quando Joel executa um Firefly infectado, a horda no centro de Boston é alertada sobre sua localização.
Craig Mazin, o criador da série ‘Chernobyl’ e co-showrunner de ‘The Last of Us’, explicou por que eles escolheram tirar as cenas de esporos: “No mundo que estamos criando, se colocarmos esporos no ar, ficaria bem claro que eles se espalhariam por toda parte e todos teriam que usar uma máscara o tempo todo e provavelmente todos estariam infectados a essa altura”.
“Então, nos desafiamos a criar uma nova maneira interessante de o fungo se espalhar, mas principalmente acho que tentamos nos conectar com a alma e o espírito do jogo.”
Dia do surto acontece 10 anos antes do videogame
No jogo ‘The Last of Us’, o Outbreak Day (como é referido o primeiro dia do surto da infecção) aconteceu em 2013 e a maior parte da história se passa 20 anos depois, em 2033. No entanto, para a série da HBO, a pandemia começa a partir de 2003 e depois salta para 2023 – para se adaptar aos dias de hoje.
Personagens secundários, como Bill e Frank, ganham mais tempo de tela
Os jogos ‘The Last of Us’, tanto o original quanto a Parte II, mantêm um foco nos principais personagens jogáveis. Ao adaptar a série para a telinha, a HBO deu a chance de focar em personagens secundários. Por exemplo, o terceiro episódio de ‘The Last of Us’ se concentra em Bill, interpretado por Nick Offerman, e seu parceiro Frank, Murray Bartlett. No jogo, a história entre os dois é bem mais trágica – com o jogador descobrindo somente em bilhetes colecionáveis encontrados ao redor da casa de Bill. Confira mais sobre eles aqui.
Sarah, filha de Joel, ganha mais espaço na série
O jogo 'The Last of Us' começa com os jogadores assumindo o controle de Sarah (Nico Parker), filha de Joel, na noite em que o surto acontece para valer. Para a série, essa sequência foi ligeiramente estendida e dura cerca de 30 minutos no primeiro episódio, com mais tempo gasto com os personagens antes que o mundo desmorone.
Série tem personagens inéditos, como a Kathleen de Melanie Lynskey
A série introduziu novos personagens não apresentados no jogo original, bem como mudou a localização de um cenário para Kansas City em vez de Pittsburgh. Melanie Lynskey interpreta Kathleen, uma personagem criada para a série, que é a líder dos Caçadores. No videogame, eles são os inimigos humanos que Joel e Ellie enfrentam em Pittsburgh. No episódio 4 da série, esse embate acontece em Kansas City.
Troy Baker, que dubla Joel em 'The Last of Us' e 'The Last of Us: Part II', também interpreta um novo personagem original na série.
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A mãe de Ellie aparece na série
Ashley Johnson, que dublou Ellie no videogame e forneceu a captura de movimento para a personagem, fará o papel de Anna, a mãe de Ellie. Ela é uma personagem apenas referenciada e insinuada nos jogos, e será a primeira vez que os fãs realmente conhecerão Anna.
O destino de Tess é ligeiramente diferente
Uma mudança significativa em relação ao jogo original no episódio 2 de ‘The Last of Us’ é o final de Tess (Anna Torv). No videogame, os soldados da FEDRA que mataram os Fireflies retornam à Prefeitura para procurar Joel, Tess e Ellie. Tess, que havia sido mordida por um infectado Corredor, diz para a dupla ir embora enquanto ela ganha tempo para eles, o que resulta em sua morte pelos soldados.
Já a série muda o final de Tess para melhor, com o personagem enfrentando uma horda infectada. Na produção da HBO, Tess havia sido mordida por um Estalador (ao invés de um corredor), e resolve ficar na prefeitura e se explodir junto com a horda infectada, enquanto Joel e Ellie fogem.
Série da HBO é menos violenta que o jogo 'The Last of Us'
O jogo Last of Us é conhecido por sua jogabilidade tensa, envolvendo furtividade e overdose de ação. Os jogadores precisam gerenciar recursos para conseguir sobreviver com sucesso ao enfrentar infectados e inimigos humanos.
No entanto, no processo de adaptação da série para a TV, Neil Druckmann afirma que reduziu a violência deixando apenas o “essencial”. É uma mudança que faz sentido, já que os videogames são um meio interativo e precisam manter os jogadores envolvidos com o jogo momento a momento.
Em entrevista à Games Radar, Druckmann explicou: “Precisamos de uma certa quantidade de ação, ou violência (no jogo), que possamos usar como mecânica para que o jogador possa se conectar com Joel e entrar em um estado de fluxo. Então você realmente se sentiria conectado com esse avatar na tela e vendo o mundo através dos olhos dele.
“Mas isso não existe em um meio passivo. Uma das coisas que adorei ouvir do [co-criador Craig Mazin] e da HBO desde o início foi: 'Vamos eliminar toda a violência, exceto o essencial'. Isso permitiu que a violência tivesse ainda mais impacto do que no jogo – porque quando você continua mostrando a ameaça e está vendo a reação das pessoas a uma ameaça, isso a torna mais assustadora”.
Assista ao trailer de 'The Last of Us':
Aproveite para ler também as críticas do Filmelier dos episódios de ‘The Last of Us’:
- ‘The Last of Us’ tem tudo para ser a nova série evento da HBO
- Episódio 2 da série tem cenas de terror e reviravolta “soco no estômago”
- Episódio 3 tem cenas inéditas, tom romântico e dramático
- Episódio 4 é menos impactante, mas aprofunda a narrativa
- Episódio 5 prova que a série não está para brincadeira
- Episódio 6 tem encontro aguardado e “momento família”
- Episódio 7 revela como Ellie foi mordida
Crítica e jornalista especializada em filmes, séries e cultura pop desde 2013, Vitória Pratini já teve seus textos publicados no AdoroCinema, IGN Brasil, Terra e MSN. Durante sua carreira, cobriu eventos do ramo audiovisual, como San Diego Comic-Con, CCXP, Festival do Rio e Prêmio Grande Otelo. Já participou de júris de festivais e entrevistou nomes como Helen Mirren, Gilberto Gil, Dira Paes, Jude Law e Bryan Cranston. Especialista em SEO, Vitória atualmente é estrategista de conteúdo e repórter do Filmelier.
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