Crítica de ‘House of the Dragon 2’: Episódio 5 foca em guerra fora do campo de batalha Crítica de ‘House of the Dragon 2’: Episódio 5 foca em guerra fora do campo de batalha

Crítica de ‘House of the Dragon 2’: Episódio 5 foca em guerra fora do campo de batalha

Com uma direção habilidosa e performances impressionantes, ‘A Casa do Dragão’ oferece uma visão aprofundada dos jogos de poder na guerra

14 de julho de 2024 23:00
- Atualizado em 20 de agosto de 2024 12:52
Trailer do episódio 5 de House of the Dragon

Em seu quinto episódio, a 2ª temporada de House of the Dragon traz uma nova perspectiva sobre a guerra entre os Verdes e os Negros, destacando a ascensão de Aemond e as intrincadas tramas de poder. Sob a direção de Clare Kilner, conhecida por seu trabalho em Gen V, Fallout e na 1ª temporada de A Casa do Dragão, o episódio oferece uma abordagem dinâmica e detalhada dos conflitos internos e externos que moldam o destino dos Targaryen.

Confira abaixo o que achamos do episódio 5 de A Casa do Dragão, e aproveite também para ler tudo o que você precisa saber sobre House of the Dragon e como assistir à série online.

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Leia também as críticas dos outros episódios da 2ª temporada de A Casa do Dragão:

Atenção: o texto a seguir contém spoilers do episódio 5 da 2ª temporada de House of the Dragon.

O que aconteceu depois do episódio 4 e da Batalha do Pouso de Gralhas?

Depois da chocante briga de dragões em Pouso de Gralhas (Rook’s Rest) no episódio 4, House of the Dragon sai do campo de batalha e explora as intrigas políticas que fervem nos bastidores, dentro dos castelos e nas ruas de Porto Real (King’s Landing). 

Equilibrando ação e narrativa, a série traz uma direção habilidosa e performances impressionantes, e oferece uma visão aprofundada dos jogos de poder e das estratégias que moldam a guerra.

O papel das mulheres e do povo comum na guerra

Quem são os mais prejudicados em uma guerra? Os civis, especialmente as mulheres e as crianças, o “povo comum”, no caso do universo de Game of Thrones, que sofrem com a fome, com a falta de suprimentos e com o descaso dos governantes. Estes, mais preocupados em ganhar batalhas – e em exibir os supostos “louros” – do que em cuidar da população, tal como na vida real.

O quinto episódio da 2ª temporada de House of the Dragon, dirigido por Clare Kilner, entrega uma narrativa tensa e multifacetada, explorando as repercussões da Batalha de Rook’s Rest. Conhecida por seu estilo de direção inovador e não convencional, a cineasta traz uma profundidade única ao capítulo.

A ascensão de Aemond Targaryen em House of the Dragon

Aemond matou Aegon?

A trama se intensifica com Aemond Targaryen (Ewan Mitchell) assumindo um papel mais proeminente, especialmente após os eventos trágicos envolvendo seu irmão, o Rei Aegon II (Tom Glynn-Carney) – ferimentos que ele mesmo, em uma reviravolta de vingança, causou. Após o episódio 3 – no qual Aemond foi pego em uma situação exposta e fragilizada por seu irmão, que caçoou por ele estar nos braços da prostituta que lhe tirou a virgindade – o personagem de Ewan Mitchell volta a assumir uma atitude despreocupada e imprevisível, inspirando medo e desconforto àqueles a sua volta. Resta saber o que vai acontecer quando (e se) Aegon acordar.

House of the Dragon: Aemond almeja o Trono de Ferro no episódio 5 da 2ª temporada
Aemond almeja o Trono de Ferro no episódio 5 da 2ª temporada (Crédito: Ollie Upton/HBO)

Aemond não só mostra uma ambição crescente, mas também uma complexidade que vai além de um simples vilão. Seu olhar fixo no trono e as interações tensas com sua mãe, Alicent Hightower (Olivia Cooke), revelam um personagem em constante conflito interno, tornando-o um dos pontos altos do episódio.

Aemond e Aegon, filhos de Alicent, e a disputa de poder

A relação entre Alicent e Aemond, marcada por desconfiança e ambição, é explorada de maneira meticulosa, destacando o jogo de poder e a luta por influência dentro da família Hightower. A interpretação de Olivia Cooke, associada à direção de Clare Kilner, representa muito bem o choque e a emoção do momento em que a ex-rainha tem a voz silenciada dentro do Conselho do Rei – cada vez mais enfraquecida, desde que seu pai, Otto Hightower, foi destituído do cargo de Mão.

A omissão de Sir Criston Cole: estresse pós-traumático

Criston Cole (Fabien Frankel), por outro lado, é mostrado como um homem marcado pela guerra, suas ações carregadas de traumas e arrependimentos. Ele enfrenta dilemas morais e lealdades questionáveis, ao mesmo tempo em que a tensão entre Alicent e Criston aumenta, refletindo a instabilidade política que ameaça consumir os Verdes. 

Cole e Alicent em A Casa do Dragão

A cena intensa de Alicent com Criston Cole, onde ela questiona suas ações e a direção da guerra, destaca sua habilidade política e a luta interna para manter o controle em meio ao caos. A direção habilidosa de Kilner destaca o peso das decisões de Cole e o impacto emocional que elas têm sobre ele e aqueles ao seu redor.

Alicent (Olivia Cooke) e Cole (Fabien Frankel) tem relação balançada em A Casa do Dragão
Alicent (Olivia Cooke) e Cole (Fabien Frankel) tem relação balançada em A Casa do Dragão (Crédito: Liam Daniel/HBO)

Lutar a guerra fora do campo de batalha

Um aspecto significativo deste episódio é a ênfase no papel das mulheres e do povo comum na guerra. A série mostra que a guerra não se limita apenas às batalhas. Nesse sentido, as mulheres – que não tiveram treinamento de batalha, mas sim de diplomacia, desempenham um papel crucial, usando suas habilidades de negociação e influência.

Rhaenyra Targaryen enfrenta desafios pessoais na Dança dos Dragões

Rhaenyra Targaryen (Emma D’Arcy) continua a lutar para afirmar sua reivindicação ao trono, enfrentando não apenas inimigos externos, mas também as complexidades internas de sua própria aliança. A perda de Rhaenys (Eve Best) e Meleys em Rook’s Rest é um golpe devastador, mas Rhaenyra demonstra uma resiliência impressionante ao buscar novas estratégias para fortalecer sua posição.

“Há mais de uma maneira de lutar a guerra”, diz Mysaria

Mysaria (Sonoya Mizuno), a Verme Branco (White Worm), com seu conselho astuto e estratégias de guerrilha, exemplifica para Rhaenyra a ideia de que há mais de uma maneira de lutar uma guerra. Ela sugere usar sua influência para incitar o povo de King’s Landing, mostrando que a guerra não é lutada apenas no campo de batalha, mas também nas ruas e nos corredores do poder.

Jace (Harry Collett) e Rhaenyra (Emma D'Arcy) apostam na diplomacia e influência no episódio 5 da temporada 2 de House of the Dragon
Jace (Harry Collett) e Rhaenyra (Emma D’Arcy) apostam na diplomacia e influência na guerra (Crédito: Theo Whiteman/HBO)

Diplomacia de Jace Velaryon, filho de Rhaenyra x chantagem de Daemon Targaryen

Ao mesmo tempo, Jace (Harry Collett) negocia com os Frey nas Gêmeas em nome de sua mãe, mostrando uma faceta diplomática da guerra, enquanto Daemon (Matt Smith) adota medidas mais drásticas, sequestrando crianças dos Blackwood para garantir a lealdade deles. Essas estratégias mostram a complexidade do conflito e como cada movimento pode alterar o curso dos acontecimentos, deixando nas entrelinhas que o que pode ser tática de guerra para alguns, é crime contra os inocentes para outros.

O arco de Daemon em Harrenhall chega a ser desconcertante. Suas possíveis alucinações acabam se tornando uma mescla de cenas de suspense e comédia – a exemplo da cena em que ele janta com os demais lordes. A atuação de Matt Smith, associada também à direção de Kilner, transforma o anti-herói em um personagem tão arrogante quanto perdido em meio às suas ambições.

Diretora de House of the Dragon entrega episódio intenso

Ainda que o episódio seja de transição entre batalhas, a direção de Claire Kilner brilha nas intrincadas interações dos personagens. Sua habilidade em criar sequências visualmente impactantes, como a cabeça de Meleys sendo exibida pelas ruas de King’s Landing, e a tensão palpável entre Alicent e Criston Cole, destacam seu talento. 

Kilner também tem um cuidado especial em capturar a psicologia dos personagens, tornando as cenas de diálogo tão intensas quanto as de ação. A trilha sonora, mais uma vez, complementa perfeitamente o tom sombrio e tenso do episódio.

Com um roteiro bem desenvolvido e performances impressionantes, o episódio é uma demonstração poderosa de como a guerra é travada em múltiplos fronts, desde os campos de batalha até as negociações e intrigas palacianas.

Relembre os eventos da 2ª temporada (com spoilers!):

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