‘A Maldição de Cinderela’ reforça o terror com símbolos infantis ‘A Maldição de Cinderela’ reforça o terror com símbolos infantis

‘A Maldição de Cinderela’ reforça o terror com símbolos infantis

A diretora Louisa Warren e Kelly Rian Sanson vieram ao Brasil para lançar o filme de terror, que tem ares de ‘Carrie, a Estranha’

Matheus Mans   |  
19 de junho de 2024 12:58

Estreia dos cinemas desta quinta-feira, 20, A Maldição de Cinderela é um filme de terror inegavelmente trash. Tudo ali transpira baixo orçamento: os vestidos amassados, atores pouquíssimos conhecidos e até o sapatinho de cristal que, aqui, é claramente feito de plástico. Mas isso acaba sendo mais um facilitador na história: com muito gore, o filme sabe como causar nojo com sangue e tripas que explodem na tela, mas também sabe como causar riso sincero no público.

Dirigido por Louisa Warren (diretora de filmes como Toothfairy 5), o longa-metragem tem uma história que começa como conhecemos: Cinderela (Kelly Rian Sanson) é a gata borralheira que não é bem tratada pela madrasta (Danielle Scott), assim como é alvo de piadas das meio-irmãs. Mas tudo muda quando chega o príncipe (Sam Barrett).

Kelly Rian Sanson se transforma em uma espécie de Carrie em A Maldição de Cinderela (Crédito: A2 Filmes)
Kelly Rian Sanson se transforma em uma espécie de Carrie em A Maldição de Cinderela (Crédito: A2 Filmes)

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Tudo muda? Mais ou menos. É aí que o roteiro de Harry Boxley e Charles Perrault faz graça com a história, que é muito lembrada pela animação da Disney, e coloca o príncipe não com a salvação, mas como outra peça no xadrez maquiavélico das irmãs e da madrasta. Ela vira chacota — um saco de pancada, como dizem no filme. E é aí que tudo muda: ela invoca uma fada madrinha bizarra (a melhor coisa do filme!) e começa a matar todos com seu sapatinho.

“Quando li o roteiro, fiquei muito empolgada e honrada por interpretar um personagem tão icônico. Há muita pressão porque, quando anunciamos o filme, ele viralizou. Então, houve essa pressão adicional de interpretar uma Cinderela tão icônica. Fiquei muito animada em interpretá-la e ser uma personagem tão desequilibrada. Foi muito divertido”, diz a intérprete da Cinderela, Kelly Rian Sanson, que veio ao Brasil com a diretora para divulgar o longa-metragem.

A Maldição de Cinderela: sem medo de ser trash

É bastante esperado o fato de que A Maldição de Cinderela não é um grande filme — pelo contrário. São vários os problemas técnicos que se amontoam em menos de 90 minutos de duração e uma história que não se sustenta, de fato, com muitos furos e uma trama cíclica, que dá voltas. Ainda assim, o filme consegue ser muito divertido: é caótico e com claras influências de clássicos do horror, como Carrie, a Estranha, Hellraiser, Evil Dead e até Terrifier.

“Com a nossa maquiagem de efeitos especiais, eu perguntei: ‘Quão sangrento podemos fazer isso? Podemos fazer algo semelhante a esses filmes de alto orçamento?'”, conta a diretora. “Assistimos muitas referências de mortes desses diferentes filmes e tentamos fazer as mortes o mais individualizadas possível, buscando inspiração em várias fontes”.

A fada madrinha deixa aquele ar gentil para se tornar uma criatura bizarra (Crédito: A2 Filmes)
A fada madrinha deixa aquele ar gentil para se tornar uma criatura bizarra (Crédito: A2 Filmes)

Muito do filme vem dos efeitos práticos, que colocam muito sangue na tela. Como foi isso? “Caos, foi um caos incrível. Tivemos uma linha de produção de efeitos especiais. Havia muitos artistas lá naquele dia, todos em fila”, diz Louise, citando uma cena de muitas mortes em um baile. “Colocávamos as feridas nos atores e, enquanto isso, havia uma pequena mini-repetição da próxima cena. Tínhamos que ter as criaturas sendo mortas ao mesmo tempo que a Kelly estava matando alguém, porque, caso contrário, ela teria que se mover rapidamente de um para outro”.

Questionada, Louise é misteriosa se fará mais filmes da Cinderela — ou de qualquer outra princesa, como a Pequena Sereia, que Kelly Rian Sanson diz que gostaria de interpretar. Ainda assim, aposta que o momento do terror está nessas produções que colocam símbolos infantis em um mundo de sangue e violência, como Ursinho Pooh, Mickey e Alice. “Acho que esse tipo de filme está se tornando muito popular”, diz a diretora. “Espero que seja o futuro”.

A Maldição de Cinderela estreia nesta quinta-feira, 20 de junho.

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