Depois do sucesso de Lições e Laços, a Turma da Mônica volta ao audiovisual em um projeto totalmente diferente do anterior. O elenco já não é mais o mesmo, Daniel Rezende deixa a direção e a base da histórias não é mais o gibi clássico. Em Turma da Mônica Jovem: Reflexos do Medo, acompanhamos a turminha já crescida – Cebola não troca mais o R pelo L, Mônica não anda mais com o Sansão e por aí vai. Dirigida por Maurício Eça (A Garota Invisível), a história mostra esse grupo enfrentando a maturidade enquanto também dão de cara com uma ameaça: o Cabeça de Balde. Em uma comparação inevitável com os outros dois filmes, há bem menos inocência e humanidade aqui – por isso, também, o filme é menos emocionante. No entanto, quem busca uma aventura cheia de fantasia, com toques de terror e fantasia, pode ser recompensado ao ver a Turma em uma nova jornada.
Foi em 2016 que o cineasta brasileiro Alê Abreu encantou e surpreendeu o mundo ao conseguir uma indicação ao Oscar de Melhor Animação por seu trabalho sensível em ‘O Menino e o Mundo’. Não venceu a categoria, mas entrou para uma seleta lista de grandes nomes da animação. Seis anos depois da indicação, e dez anos depois das primeiras exibições do seu filme premiado, Abreu volta às telas com ‘Perlimps’. Assim como em seu trabalho anterior, o diretor trabalha com o minimalismo e a sensibilidade para falar sobre Claé e Bruô, dublados por Giulia Benite e Lorenzo Tarantelli. Eles são espiões de reinos rivais, nesse universo criado por Alê Abreu, e precisam unir forças para localizar os Perlimps, seres mágicos que podem ajudar a salvar o mundo. Ainda que um pouco ingênuo demais, o longa-metragem consegue emocionar pais e filhos com uma mensagem bonita sobre paz, união e contra a guerra – ainda que o final, indo de acordo com tudo o que o mundo vive durante o duro século de 2020, seja bastante sombrio e questionador.