O último (e mais polêmico) filme de Stanley Kubrick. Tecnicamente e visualmente impecável, com uma história recheada de apelo sexual e mistério. Uma produção tão conturbada que entrou para o Livro dos Recordes como aquela que teve o maior período continuo de gravações na história do cinema - 400 dias. Muito se teoriza também que a morte de Kubrick, pouquíssimos dias após a finalização do filme, estaria ligada aos temas denunciados no filme, que fariam referência a práticas cometidas pela alta sociedade de Holywood.
Este filme é uma das grandes joias filmografia do grande diretor Paul Thomas Anderson, ainda que não receba o mesmo reconhecimento. ‘Magnólia’ traz, por exemplo, um dos melhores papéis dramáticos de Tom Cruise, que ganhou o Globo de Ouro por este filme. O longa-metragem é um caleidoscópio épico que retrata o amor e o perdão, assim como a dor e a miséria nas relações humanas em todos os âmbitos: romântico, familiar e conjugal. Sem dúvida, é um drama poderoso, digno do Urso de Ouro do Festival de Berlim, bem como das três indicações ao Oscar.
O gênio Steven Spielberg apresenta uma reinterpretação contemporânea de H.G. Wells. ‘Guerra dos Mundos’ tem nem mais nem menos que o incrível feito técnico utilizado nos filmes do seu realizador, conseguindo sequências espetaculares que, com um trabalho de câmara eficaz, exaltam a sensação de perigo constante e de paranoia. Tom Cruise não é o melhor ator para transmitir o aspecto emocional do filme, mas funciona quando se transforma em um thriller de ação.
Em ‘Colateral’ temos Tom Cruise em um papel incomum para o ator: o de vilão – e, ao assisti-lo, percebemos que Cruise deveria aparecer no posto de antagonista mais vezes, já que é uma das mais interessantes performances da carreira do ator. Ainda assim, a estrela aqui é Jamie Foxx, que vive um taxista pego no meio de um turbilhão de uma noite de assassinatos, e foi indicado ao Oscar de Melhor Ator Coadjuvante. Além disso, o diretor Michael Mann (de ‘O Informante’) sabe construir uma atmosfera de thriller com interessantes reviravoltas. A edição, de Jim Miller e Raul Rubell, também ajuda bastante no ritmo – e, por isso, também foi indicada ao Oscar.