Não fazem mais comédias românticas como antigamente e ‘Harry e Sally: Feitos um para o Outro’ é a prova disso. Como boa parte das produções dos anos 1980 e 1990, esta também ficou datada e a idealização do protagonista masculino acaba sendo fora de tom, ainda assim, é possível relevar. Por mais que a história seja óbvia, você fica o filme inteiro torcendo contra e a favor de Harry (Billy Crystal), pois o personagem é realmente chato e o ator não é dos mais carismáticos, apesar disso, lá no fundo, ele consegue te cativar de alguma forma. Sally (Meg Ryan) é a típica moça que nunca dá certo com ninguém e demora para perceber que já conheceu o amor de sua vida, a atriz está perfeita no papel. Mas, quem rouba a cena é a melhor amiga, interpretada pela ótima Carrie Fisher. Sem dúvida, ela é uma das melhores partes da produção. ‘Harry e Sally’ é muito divertido e tem a memorável cena de Ryan fingindo um orgasmo em um restaurante.
O diretor e roteirista Richard Linklater (que depois viria a ficar conhecido por Boyhood) aposta em uma premissa muito simples em Antes do Amanhecer: dois desconhecidos que se esbarram em um trem na Europa e decidem passar a noite juntos na bela Viena. Ele (Ethan Hawke) é um rapaz americano despreocupado com a vida, viajando sem rumo, depois de levar um fora. Ela (Julie Delpy) é uma garota francesa de ideais certeiros. A partir disso, nos apaixonamos por esses dois personagens reais, tão críveis, graças ao roteiro certeiro de Linklater, que deixa firulas de lado e apenas coloca Jesse e Celine passeando pelas ruas, se conhecendo, se apaixonando e fazendo com que o público caia de amores por essa paixão instantânea. Difícil não suspirar em algumas cenas que já se tornaram clássicos do cinema, como os olhares desviados na loja de discos ou a brincadeira com o telefone imaginário no restaurante. É um filme simples, com grandes atuações de Hawke e Delpy, que nos faz viajar não só pela Áustria, como também nas possibilidades infinitas do amor.
Ao lado de ‘Ben-Hur’, ‘Titanic’ é o filme com o maior número de estatuetas do Oscar na história – 11. Um épico de James Cameron, que certamente faz parte da história do cinema. Veja-o pela história de amor entre Jack e Rose. Ou pelos seus efeitos especiais. Pela crítica social. Ou ainda pela quase perfeita reconstituição do naufrágio do Titanic. Os motivos não importam: este será um grande longa-metragem, não importando por qual lado queira olhar.



