Garra de Ferro foi classificado como o “grande filme de Zac Efron”. Não é pra menos: o longa-metragem, que foi injustamente esnobado pelo Oscar, queria chamar a atenção do público como o ponto de virada na carreira do astro de High School Musical ao contar a história de um lutador de wrestling que vive uma maldição. Filme de terror? Quase isso: aqui, ele faz parte de uma família em que quase tudo dá errado. Pessoas morrem inesperadamente, se machucam gravemente, desistem de seguir. Garra de Ferro, assim, é uma história dura, bastante emocional e que surpreende por ser real. O fato é que com Oscar ou sem, o longa-metragem é a concretização de uma boa história sendo contada. Pode ter lá sua falta de um clímax que tanto promete, mas ainda é chocante, bem filmado, traz boas ideias e, acima de tudo, é um marco na carreira de Zac Efron, sem nunca apelar para o exagero ou o tal do “Oscar bait”. É um cinema sincero – algo que, em tempos de efeitos especiais exagerados e tramas rocambolescas, é um verdadeiro alívio.
Zac Efron estrela este thriller de sobrevivência que oferece um misto da distopia de ‘Mad Max’ com o ritmo de ‘O Regresso’. É uma oportunidade de ver o ator em um papel complexo e até grotesco, que está longe de seus galãs habituais. Deixe-se levar pelo incômodo de poucas falas e muita tensão, que o roteiro poderá te surpreender.
Pouquíssimos filmes retratam a ótica dos assassinos (sem considerar, claro, os slashers de terror). Um dos raros exemplos é ‘Monster: Desejo Assassino’, com Charlize Theron e dirigido por Patty Jenkins – e, agora, ‘Ted Bundy: A Irresistível Face do Mal’. O longa-metragem traz o ângulo emocional do protagonista, um serial killer belo, carismático e sangrento que aterrorizou os EUA durante os anos 1970. Aqui ele é vivido por Zac Efron, ex-estrela teen que demonstra um amplo espectro de atuação, conseguindo capturar a essência de Bundy. O resto do elenco também é estrelado, incluindo Lily Collins (‘Os Instrumentos Mortais’), Kaya Scodelario (‘Predadores Assassinos’ e ‘Maze Runner’), John Malkovich (que dispensa apresentações), Jim Parsons ('The Big Bang Theory') e até uma ponta de James Hetfield (ele mesmo, o vocalista do Metallica). O filme tem os seus problemas, sendo um irregular em alguns momentos, mas irá satisfazer aqueles em busca de boas atuações ou que querem entender a mente de um assassino – ou de suas vítimas.
Com Ricky Stanicky, o diretor Peter Farrelly (responsável pelo vencedor do Oscar Green Book) retorna ao tipo de comédia pelo qual é mais conhecido, seguindo a linha de filmes como Quem Vai Ficar com Mary? ou Debi & Lóide. Este filme acompanha um grupo de amigos de infância que, depois de usar um amigo falso chamado Ricky como álibi, continuaram usando-o como desculpa ao longo de suas vidas adultas para escapar das responsabilidades. Quando a verdade corre o risco de vir à tona, os amigos decidem contratar um ator em dificuldades (John Cena) para interpretar o suposto Ricky Stanicky, uma mentira que logo atinge proporções incontroláveis e caóticas. É uma comédia um tanto antiquada para as sensibilidades atuais. No entanto, se você aprecia o talento cômico de Cena (que é considerável), ou se gostou das mencionadas comédias dos anos 90, este filme pode ser para você.