Selecionado para competir no eventualmente cancelado Festival de Cannes em 2020, ‘Nadia, Butterfly’ é um drama canadense com dualidade. É ficção ambientada, curiosamente, nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 -- que não aconteceram naquele ano -- mas brinca um pouco com a realidade: sua protagonista é interpretada pela canadense Katerine Savard, que não é na verdade uma atriz, mas uma nadadora profissional especializada em borboleta e com vários recordes em seu nome. O filme, com intervenções das também nadadoras Ariane Mainville e Hilary Caldwell, trata da vida de sacrifício que os atletas de alto rendimento levam, captando as motivações e contradições dessa trajetória.
Uma das melhores atuações da carreira de Margot Robbie, se não foi a melhor até hoje. Você consegue sentir todas as emoções da personagem na pele de Robbie, o mesmo acontece com Allison Janney, que ficou com o Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante. É um filme, baseado em fatos reais, muito bem construído, que faz o estilo mocumentário. ‘Eu, Tonya’ é uma das poucas produções que não transforma a patinadora Tonya Harding em um monstro e busca mostrar o lado dela do escândalo olímpico dos anos 1990.
A cultura à vitória faz bem? O importante é vencer ao invés de apenas competir? O que 'Foxcatcher' propõe é um mergulho nessa competição exagerada na sociedade americana, sempre em busca da vitória a qualquer custo. Tudo baseado em uma história real - que, sem sabermos, deve se repetir todos os dias.