Para começar a lista, um filme que praticamente não fala sobre terapia e nunca cita o termo “saúde mental”. No entanto, a importância dessa temática não poderia ser mais pungente em ‘Querido Menino’. Com uma excelente atuação de Steve Carell, acompanhamos a história de um pai que faz de tudo para que seu filho (Timothée Chalamet) consiga superar o vício em drogas. No entanto, o rapaz entra numa espiral violenta de vício. Um filme forte e sensível, que mostra como é importante ter discussões sobre saúde mental em casa, entre pais, filhos e responsáveis. Dessa forma, fica mais fácil identificar e tratar de problemas.
Nunca podemos esquecer a importância de entendermos nossa própria mente para mantê-la saudável. É justamente esse um dos pontos principais da animação ‘Divertida Mente’, da Pixar. Ainda que tudo aqui seja obviamente lúdico, já que é voltado inicialmente para o público infantil, o longa-metragem emociona e diverte nesse mergulha na mente de uma jovem garotinha, onde quatro figuras ficam decidindo quais emoções a menina deve sentir -- além de boas reflexões sobre memória, esquecimento e criação de emoções.
Depressão, manias, transtornos, apostas, futebol americano, dança, drama, comédia, romance... Ainda que tenha alguns problemas graves na direção e condução da história pelo diretor David O. Russell, ‘O Lado Bom da Vida é uma união de diversos elementos em um grande caldeirão, resultando em um filme envolvente e sobre situações reais -- com excelentes discussões sobre saúde mental, novas relações construídas e, claro, amor.
E que tal entrar na mente de alguém que vê toda sua vida, e as coisas que perdeu, passando por seus olhos? Essa é uma das muitas propostas de 'Estou Pensando em Acabar com Tudo', filme de Charlie Kaufman para a Netflix. Com um roteiro complicado, cheio de camadas, vamos entrando na cabeça desses personagens em um momento de muita vulnerabilidade para um deles -- expondo traumas e feridas do passado que não foram resolvidas.
A história deste filme é incrível por si só: nascido nas mentes de Ben Affleck e Matt Damon quando eles eram, ainda, desconhecidos. Assim surgiu um dos grandes longas-metragens dos anos 1990, com atuações memoráveis de Damon e Robin Williams em um drama rico e interessante. Não é à toa que ‘Gênio Indomável’ deu um Oscar para a dupla de jovens roteiristas, além da estatueta de Melhor Ator Coadjuvante para Williams. O principal ponto do filme, porém, está na força da relação entre os personagens de Damon e Willians, paciente e psicológico, respectivamente. Mostra a força e importância dessas relações, ainda que em um caso extremo e particular, e detalhes sobre a importância de fazer terapia.