Indicado ao Oscar 2025 na categoria de Melhor Documentário, No Other Land foi criado por um ativista palestino e um jornalista israelense, registrando a invasão do exército israelense a aldeias palestinas em Masafer Yatta, na Cisjordânia – um território disputado há muito tempo entre o povo palestino e o movimento sionista. Filmado entre 2019 e 2023, o documentário testemunha os abusos cometidos por Israel, que expulsa moradores palestinos e destrói suas casas sem qualquer concessão ou piedade.
Dirigido pelo lendário Otto Preminger e estrelado por Paul Newman e Eva Marie Saint, Exodus é um filme de 1960 baseado no livro homônimo de Leon Uris, publicado em 1958. A história acompanha judeus sobreviventes do Holocausto que viajam para a Palestina para estabelecer o Estado de Israel. Embora bem dirigido e interpretado, o filme foi classificado como uma "épica sionista", pois reforça apenas a narrativa israelense sobre o conflito, caindo em simplificações que podem ser vistas como propagandísticas. No entanto, é importante conhecer essa perspectiva para entender como Israel molda sua própria narrativa sobre a questão Palestina.
No extremo oposto do espectro, temos Tantura, um documentário de 2022 que, embora não se destaque tanto pelo estilo cinematográfico, aborda um tema crucial: a limpeza étnica executada pelo exército israelense na cidade homônima em 1948. O vilarejo foi destruído após o assassinato de cerca de 250 civis desarmados e o exílio forçado dos sobreviventes. Por meio de depoimentos de perpetradores e testemunhas, o documentário expõe os mecanismos genocidas de Israel e como a "verdade histórica" pode ser construída a partir do apagamento sistemático dos acontecimentos.
Lançado em 2020, Mayor documenta dois anos (2017-2019) da rotina de Musa Hadid, prefeito de Ramallah, a capital de fato da Palestina. O documentário oferece um olhar refrescante e necessário sobre a vida política e social palestina, distante das narrativas estabelecidas pelos grandes meios de comunicação. Acompanhamos um líder político tentando fazer seu trabalho e preservar a dignidade de seu povo em meio à ocupação israelense e à burocracia internacional ineficaz.
Dirigido por Hany Abu-Assad (Omar), O Salão de Huda (Huda’s Salon) adota convenções do thriller de espionagem para narrar a ocupação israelense de territórios palestinos. O enredo segue uma mulher que cai em uma armadilha em um salão de beleza e é chantageada para colaborar com as forças de ocupação. Embora não aborde diretamente o contexto mais amplo da questão palestina, o filme ilustra como o pessoal e o político se entrelaçam na vida dos palestinos – e como esse entrelaçamento pode ser usado contra eles.