Após vários tropeços criativos e de bilheteria, a Disney continua com as sequências da Pixar – provavelmente seu estúdio mais aclamado nos últimos anos –, então pode ser difícil se animar com Divertida Mente 2 depois de ter visto Lightyear ou Toy Story 4. No entanto, esta é uma feliz exceção à regra. Apesar de basicamente repetir a mesma fórmula da primeira parte – a protagonista, Riley, experimenta muitas mudanças em sua vida em um curto espaço de tempo, e vemos como suas emoções personificadas lidam com isso –, esta sequência consegue pegar os conceitos e expandi-los. Agora, as cinco emoções básicas devem abrir espaço na mente de Riley para outras mais complexas, como Ansiedade (voz em inglês de Maya Hawke), Inveja (Ayo Edebiri) e Ennui (Adèle Exarchopoulos), entre outras. Não reinventa a roda, porque não precisa: a segunda parte oferece um olhar muito divertido, emocional e educativo sobre o caos da mente humana durante a puberdade. Leia mais na crítica completa de Divertida Mente 2.
Deadpool & Wolverine é a terceira entrega da saga do super-herói interpretado por Ryan Reynolds, mas desta vez dentro do Universo Cinematográfico Marvel (UCM). A trama, carregada de humor autorreferencial e participações especiais, segue Wade Wilson (Ryan Reynolds) em uma luta para salvar seu universo da extinção, razão pela qual ele viaja pelo multiverso em busca de um novo Wolverine (Hugh Jackman, retornando ao papel). A premissa é sucinta, apenas um pretexto para um banquete de combates e referências gratuitas. Deadpool & Wolverine é indulgente com os excessos típicos do UCM, mas Ryan Reynolds e Hugh Jackman fazem um ótimo trabalho. Você vai rir muito se for fã de cultura pop, do humor irreverente do "Mercenário Tagarela" e conhecer toda a fofoca por trás dos filmes de super-heróis.
Às vezes, parece que as comédias românticas no estilo de O Casamento do Meu Melhor Amigo com Julia Roberts são coisas do passado. Nos melhores casos, parecem lembrar tempos melhores (como Ingresso para o Paraíso) ou acabam relegadas ao streaming. Se você sente falta desse tipo de filmes feitos para a tela grande, Todos Menos Você (Anyone But You) chega para salvar. A trama segue Bea (Sidney Sweeney, Euphoria) e Ben (Glenn Powell, Top Gun: Maverick), que têm um excelente primeiro encontro, mas a faísca entre eles se apaga repentinamente. Quando o destino os reúne em um casamento na Austrália, decidem fingir que são um casal. Nem a direção de Will Gluck nem o roteiro são tremendamente interessantes - dá para ver a quilômetros para onde tudo está indo. No entanto, Sweeney e Powell são muito carismáticos na tela, e sua química consegue levar o filme até o final. Se você procura algo com um pouco mais de substância, confira Rye Lane. Ao contrário, se você só quer uma daquelas comédias românticas sem maiores pretensões que narram os encontros e desencontros de duas pessoas belas, Todos Menos Você é para você.
Um dos mais criativos e interessantes filmes da Pixar, que transforma os sentimentos em personagens e constrói um filme que funciona como metáfora para a puberdade e, porque não dizer, sobre a depressão. É um daqueles longas que não só diverte as crianças, mas também os adultos – que aprendem algumas lições com a história. Um clássico instantâneo, que mereceu o Oscar de Melhor Animação.
Três anos após a primeira parte, o influente - e até agora, "inadaptável" - romance de ficção científica de Frank Herbert, Duna, finalmente foi adaptado com sucesso para o cinema com a chegada de Duna: Parte 2 (Dune: Part 2), dirigido por Denis Villeneuve. A história continua onde a primeira parte nos deixou: Paul Atreides (Timothée Chalamet) e sua mãe, Lady Jessica (Rebecca Ferguson), se escondem no perigoso deserto do planeta Arrakis com os nativos Fremen, cujos costumes eles devem aprender enquanto tentam encontrar uma maneira de resistir aos Harkonnen. No processo, Paul lutará contra o destino criado para ele como o Lisan al Gaib, destinado a libertar os Fremen a um grande custo. É uma conclusão espetacularmente apropriada para a adaptação iniciada por Villeneuve três anos antes, com pontos positivos como o tratamento do personagem de Zendaya, embora também apresente alguns tropeços que diminuem a emotividade da história. Além disso, deixa claro os limites do cinema industrial, que, mesmo com seus recursos enormes - ou talvez devido a eles - está limitado para adaptar a enorme complexidade do romance. Leia mais na crítica completa de Duna: Parte 2.