Sobreviventes: Depois do Terremoto parece, superficialmente, um filme de desastres. No entanto, é mais uma dessas ficções distópicas que abordam questões sociais. Na trama, o mundo foi reduzido a destroços por um terremoto. O que resta da civilização persiste em condições precárias, sobrevivendo em pequenas comunidades que tentam se organizar para sobreviver e reconstruir, o que, naturalmente, gera conflitos tanto internos quanto entre as pequenas sociedades. Com atuações sólidas e excelentes valores de produção, o filme equilibra drama e humor para comentar sobre temas como imigração, nacionalismos, classes sociais e a corrupção humana. Se você gosta de produções como "Parasita" e "Round 6r", sem dúvida, irá apreciá-lo.
Em filmes como Amor à Flor da Pele (In the Mood for Love), de Wong Kar-wai, há uma melancolia palpável por um amor que não pôde acontecer, a sensação de estar preso em um passado de possibilidade onde esse desejo romântico esteve muito próximo de se concretizar. Com Vidas passadas (Past Lives), o extraordinário debut da diretora Celine Song, acontece algo similar. Trata-se da história de Nora (Greta Lee) e Hae Sung (Teo Yoo), amigos e primeiros amores da infância, que se separam quando a família dela decide deixar a Coreia do Sul e começar uma nova vida na América. Muitos anos se passarão até que eles reconectem através da internet, e ainda mais tempo até que possam se ver novamente. É uma história agridoce sobre as possibilidades perdidas com o passar do tempo e as decisões que tomamos, que nos levam por diferentes caminhos e experiências que moldam tanto nossa identidade quanto às possibilidades do amor. Leia mais na nossa crítica completa de Vidas Passadas.
O serviço secreto da Coreia do Sul está em alerta. Conforme aumenta a tensão política em cima do presidente do país asiático, cresce também a suspeita de que há um espião da Coreia do Norte infiltrado no serviço secreto. O que fazer? Essa é a história de 'Operação Hunt'. A partir dessa premissa, o cineasta e ator Lee Jung-jae (da popular série 'Round 6', da Netflix) desenvolve e protagoniza uma trama espetacular, repleta de ação, que mistura elementos de um thriller político com aquela ação típica dos agentes secretos -- trazendo elementos desde James Bond até 'Invasão à Casa Branca'. Um filme que, ainda que tenha os seus clichês do gênero, sabe como empolgar e mostrar que o bom cinema de ação não precisa ficar restrito ao que é produzido nos Estados Unidos, além de marcar uma boa estreia de Jung-jae na direção de um longa.