Uma história de amor em meio ao preconceito. Com um roteiro original, inspirado em uma história real, que foi indicado ao Oscar conhecemos um choque cultural bem divertido. Os anos passam mas a vida dos imigrantes do Oriente Médio continua complicada nos Estados Unidos e o filme trata desse assunto de uma forma leve e bem humorada.
Baseada na obra teatral de George Axelrod (que também coescreveu o roteiro cinematográfico), esta filme poderia muito bem ser o clássico mais emblemático da enorme filmografia do diretor Billy Wilder, o que já diz muito de alguém que dirigiu Uma Eva e Dois Adães (Alguns Gostam Assim Quente), Apartamento para Solteiros (O Apartamento) e O Crepúsculo de uma Vida (Crepúsculo dos Deuses). O Começo do Sétimo Ano (The Seven Year Itch) acompanha um homem que, longe de sua esposa e filho por um longo período de tempo, começa a flertar com a perspectiva de infidelidade e é muito tentado por uma bela atriz e modelo que se hospeda em seu prédio (Marilyn Monroe). Filmada e estreada numa época em que era proibido mostrar temáticas como essa abertamente no cinema devido ao “Código Hays”, ‘O Começo do Sétimo Ano’ é um dos grandes exemplos de como Wilder e outros diretores conseguiram contornar essa limitação usando imagens e diálogos sugestivos, nunca explícitos, jogando com sutis duplos sentidos. O resultado é uma inigualável comédia romântica cheia de engenhosidade que, além disso, contém uma das imagens mais icônicas do século XX: a de Marilyn Manson em seu vestido branco, com a saia levantada pela boca de ar da metrô, a mesma que a catapultou à condição de lenda.